Na data em que é celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável promoveu na quinta-feira, 5, um seminário para discutir um dos temas mais urgentes da atualidade: as mudanças climáticas e seus impactos na sociedade. O encontro reuniu especialistas no assunto, professores e diretores da rede municipal de ensino, reforçando a importância da inclusão da pauta ambiental na educação e no dia a dia da população.
Durante o seminário, foram debatidos os efeitos das mudanças climáticas no cenário global e local, os desafios enfrentados pelos municípios e as ações que podem ser adotadas para promover a preservação dos recursos naturais e a adaptação às alterações do clima.
Em Neves, a prefeitura vem realizando uma série de ações com foco no enfrentamento das mudanças climáticas e o compromisso de construir uma cidade preparada para os desafios ambientais. Podemos destacar algumas ações como a requalificação de áreas promovendo o reflorestamento, a manutenção dos córregos e ribeirões, a Campanha Mãos que Plantam, que vai além do plantio de árvores, a revitalização do Viveiro Municipal, ações de arborização urbana e plantio de mudas fazem parte do plano de ação climática.
De acordo com o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marcílio Rodrigues de Sousa, o principal objetivo é envolver toda a população no cuidado com o meio ambiente. “É fundamental conscientizar cada cidadão sobre seu papel. Quando todos fazem a sua parte, contribuímos de forma concreta para a preservação do planeta, ajudamos a retardar os efeitos das mudanças climáticas e protegemos a nossa biodiversidade”, destaca.
O professor do Departamento de Geografia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Welllington Lopes Assis, explica que a atmosfera da região metropolitana passou por grandes mudanças, principalmente, na temperatura média, umidade relativa do ar e o índice de precipitações. “De modo bem significativo, os parâmetros que mais chamam a atenção são a temperatura, que aumentou em quase 2°C, a umidade, que regrediu em mais de 10% nos últimos 100 anos. Uma explicação científica para essa transformação está ligada à mudança no uso e ocupação do solo. Retiramos vegetação, impermeabilizamos os cursos d’água, praticamente não temos corpos d’água livre e tudo isso gera muito calor, principalmente nos grandes centros urbanos”, explica.
Para o engenheiro florestal do Instituto Estadual de Florestas (IEF), João Paulo Sarmento, a arborização urbana está diretamente ligada ao planejamento das cidades. “A questão da arborização influencia demais no calor nas cidades. Os municípios precisam estar atentos neste sentido para fazer um trabalho bem-feito e organizado, já que as mudanças climáticas e a qualidade do clima estão interligadas”, conclui.
COP 30
Em novembro, o Brasil sediará a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), principal encontro global que discutirá assuntos relacionados às mudanças climáticas, políticas públicas, inovações, financiamento verde, entre outros temas.
