
Em um gesto coletivo de conscientização e compromisso com a proteção da infância e juventude, as ruas de Justinópolis foram palco de mobilização na sexta-feira, 23. Em alusão ao Maio Laranja, mês de Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, uma passeata percorreu a região, reunindo profissionais da rede de proteção, educadores, estudantes e a comunidade em um ato simbólico pela defesa dos direitos da infância e adolescência.
Percorrendo ruas de grande movimento em Justinópolis, a ação chamou a atenção da população para a urgência do enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes. Com faixas, cartazes e mensagens de conscientização, a passeata teve a parceria da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Cidadania com diversos órgãos que integram a rede de proteção.
Durante o percurso, foram distribuídos conteúdos informativos com orientações sobre como identificar sinais de abuso e os canais oficiais para denúncia, como o Disque 100 e o Conselho Tutelar. A iniciativa também estimulou a participação ativa das famílias e da comunidade na promoção de um ambiente seguro e acolhedor para os menores de idade.
A técnica de referência do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), Alessandra Silva Graciano, enfatiza que ações como a passeata são essenciais para romper o ciclo de silêncio e vulnerabilidade que muitas crianças e adolescentes enfrentam. “A mobilização é uma forma de dar visibilidade a uma realidade muitas vezes invisível. Precisamos continuar informando a sociedade, fortalecendo a rede de proteção e garantindo que nenhuma criança tenha seus direitos violados.”, afirmou.
Para a Irmã Poliana Costa, do Convivium São José, o enfrentamento ao abuso e à exploração sexual ao trabalho infantil exige atuação integrada entre poder público, famílias, escolas e a comunidade. “É fundamental termos uma cultura de proteção. Ações como a passeata são a base para a difusão das informações a população”, afirma.
Por onde a passeata passou moradores pararam para acompanhar a mobilização. A atendente Beatriz Pereira, de 25 anos, aprovou a ação em Justinópolis. “As crianças e adolescentes são vulneráveis. Eles tendo conhecimento e também essa rede de apoio sentirão mais segurança para pedir ajuda e denunciar esse tipo de situação”, disse. O açougueiro Hudson Pereira, de 38 anos, viu de perto a iniciativa em alusão ao Maio Laranja. “Gosto muito desse tipo de mobilização. Ajuda muito a levar informação e conscientização à população. Precisamos defender nossas crianças porque elas são o futuro do nosso país”, conclui.
Fotos no link: https://drive.google.com/drive/folders/1PTcRCp-BSOTNmdX8tZhx_E0uESzHFddt?usp=sharing