• Síndrome Mão-Pé-Boca: saiba como identificar e prevenir 

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9 de abril de 2025

A Síndrome Mão-Pé-Boca (SMPB) é uma doença viral que afeta principalmente crianças menores de 5 anos, especialmente aquelas que frequentam creches e escolas. Causada principalmente pelo vírus Coxsackie A16 e outros enterovírus, ela é altamente contagiosa e pode se espalhar rapidamente em ambientes coletivos.

A SMPB ocorre durante o ano todo, sendo mais frequente em estações quentes e úmidas, como primavera e verão. Isso acontece porque o vírus se prolifera melhor em temperaturas mais altas e onde as crianças tendem a ficar mais aglomeradas e em ambientes fechados, como escolas e creches. O contato com água contaminada, como piscinas e parquinhos molhados podem facilitar a transmissão do vírus.

A doença recebeu esse nome devido aos sintomas característicos, que são: feridas na boca (aftas dolorosas), erupções cutâneas nas mãos e pés (bolhas ou manchas vermelhas) e, em alguns casos, as lesões também podem aparecer na região do bumbum. A primeira descrição da doença foi feita na década de 1960, após surtos em crianças nos Estados Unidos e Canadá. Desde então, tornou-se reconhecida mundialmente como uma infecção comum na primeira infância.

Os principais sintomas são:

  • Febre baixa, que geralmente é o primeiro sintoma.
  • Feridas dolorosas na boca, dificultando a alimentação.
  • Manchas ou bolhas nas mãos, pés e bumbum.
  • Irritabilidade e falta de apetite.

A transmissão ocorre por contato direto com saliva, secreções ou fezes de crianças infectadas, objetos contaminados, como brinquedos, copos e talheres e por gotículas de tosse ou espirros.

Atenção: A criança pode transmitir o vírus antes mesmo de apresentar sintomas.

Não há um medicamento específico para tratar a doença. Para aliviar os sintomas é importante manter a hidratação da criança, oferecendo água, sucos e alimentos pastosos. A alimentação deve ser leve e fria, evitando comidas ácidas ou muito quentes. Medicar com analgésicos ou antitérmicos, sempre com orientação médica.

Enquanto a criança estiver apresentando os sintomas, é recomendado que ela fique em casa até a febre desaparecer e as feridas cicatrizarem, evitando que outras crianças sejam contaminadas.

Algumas medidas simples ajudam a reduzir o risco de transmissão, como: lavar as mãos com água e sabão, principalmente após trocar fraldas e antes de comer, higienizar brinquedos e superfícies com álcool 70% ou água sanitária e evitar compartilhar copos, talheres e objetos pessoais. Mantenha sempre o cartão de vacina em dia (algumas vacinas ajudam a prevenir complicações).

Caso a criança apresente algum dos sintomas, procure uma unidade de saúde para avaliação. Em casos raros, podem ocorrer complicações, como desidratação.

A prevenção é a melhor forma de proteger nossas crianças!