• Primeira edição da Feira Negra destaca cultura afro-brasileira

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15 de abril de 2025

Mostrando a força e a potência da herança preta, a 1ª Feira Negra de Ribeirão das Neves, realizada pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania, destacou a riqueza cultural e social da população negra nevense, reforçando o compromisso da prefeitura com a promoção da igualdade social e fortalecimento da diversidade étnico-cultural.

Com uma programação repleta de serviços públicos municipais, exposições, moda, artesanato, gastronomia e apresentações culturais, a 1ª Feira Negra reuniu lideranças negras, empreendedores, artistas e moradores, protagonizando a diversidade da cultura negra em Neves. Em cada stand montado no evento uma oportunidade para colocar em destaque talentos locais, fazendo do espaço uma afirmação da identidade, resistência e herança afro-brasileira.

A secretária de Desenvolvimento Social e Cidadania, Gláucia Brandão, explica que o evento reafirma o valor da cultura negra em Neves. “Essa é a primeira Feira Negra de muitas que ainda virão. Estamos trabalhando com uma população que é enorme em nossa cidade e um evento como esse nos ajuda a divulgar a cultura negra e também a aproximar essas pessoas dos serviços que são disponibilizados pela prefeitura, fazendo com que elas tenham seus direitos garantidos. Estamos deixando uma mensagem de inclusão e empoderamento muito forte ao realizarmos essa feira pela primeira vez”, explica.

A coordenadora da Feira Negra, Priscilla Marinho, explica que o evento promove uma aproximação com o público que já é atendido nos serviços da prefeitura. “O último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nos mostrou a dimensão da população negra em nossa cidade. Diariamente, essas pessoas procuram nossas secretarias municipais para atendimentos. A feira promove esse acolhimento e oferece diversas atividades ao mesmo tempo, além de destacar aos nevenses, a cultura negra”, disse.

De acordo com o Babalorixá do Ilê Axé Ominlayo, Davidson Wagner da Silva, a valorização da cultura negra começa pelo conhecimento da história do povo preto pela sociedade. “Dizer a que viemos e o lugar que merecemos estar ainda é fundamental para garantia do respeito e da equidade. Precisamos entender de que lugar nós, povo preto, falamos e para isso feiras como essa são importantíssimas”, afirma.

Para a trancista Estefany Caroline Moreira da Cruz, de 24 anos, o evento realizado no Quilombo Nossa Senhora do Rosário destaca a importância da valorização da diversidade. “Acho muito importante a realização de encontros como essa feira. Ajuda a divulgar a cultura negra e mostra a riqueza dessa herança cultural que a cidade carrega. Em um município com predomínio da população preta, é fundamental que a sociedade conheça suas raízes”, conclui.