• Vigilância em Saúde Ambiental e Fiocruz na prevenção à xistose

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17 de abril de 2024

A Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão das Neves, através da Vigilância em Saúde Ambiental, em parceria com pesquisadores do Instituto René Rachou, unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Minas Gerais realizaram estudos malacológicos (ramo da biologia que estuda os moluscos) em três pontos do município com o objetivo de levantar informações sobre a distribuição das espécies hospedeiras da doença esquistossomose (xistose).

A Doença

A esquistossomose é uma doença infecciosa que ocorre quando o homem, hospedeiro definitivo, infectado, elimina os ovos do verme por meio das fezes. Em contato com a água, os ovos eclodem e liberam larvas que infectam os caramujos, hospedeiros intermediários que vivem nas águas doces. Após quatro semanas, as larvas abandonam o caramujo na forma de cercárias e ficam livres nas águas naturais. O ser humano adquire a doença pelo contato com essas águas.

A Pesquisa para Controle em áreas Endêmicas

Coordenados pela Doutora em Biologia Celular e Molecular, Roberta Lima Caldeira, as equipes efetuaram a captura dos caramujos, transmissores da xistose, além de analisaram a água das localidades selecionadas para o estudo de acordo com o risco de introdução ou expansão da esquistossomose.

A coleta dos materiais das áreas selecionadas foi realizado na segunda-feira, 15 de abril, teve como objetivo analisar e levantar informações sobre o hospedeiro, além de contribuir com os serviços de saúde no aperfeiçoamento, estruturação das atividades de controle e vigilância da esquistossomose, direcionando ações de prevenção e promoção de saúde.

Importante esclarecer que o tratamento da esquistossomose, para os casos simples, é realizado através de medicamento distribuído gratuitamente mas, em casos graves, a doença provoca aumento do baço, hemorragia digestiva, entre outros sintomas com risco de morte.

Para evitar a contaminação é preciso tomar as seguintes medidas preventivas:
1. Evitar nadar ou entrar em contato com água doce em áreas conhecidas por ter a presença do parasita.
2. Utilizar calçados ao caminhar em áreas onde a doença é endêmica.
3. Beber água tratada e filtrada.
4. Evitar o consumo de alimentos crus que possam ter sido preparados com água contaminada.
5. Controlar a população de caramujos, que são os hospedeiros intermediários do parasita.